Comércio virtual atraiu mais de 25 milhões de compradores no 1º semestre deste ano no Brasil (foto: Jornal de Hoje)
Um mercado que movimentou, somente no primeiro semestre deste ano no Brasil, cerca de R$ 16 bilhões, que cresce em média 23% ao ano e atraiu mais de 25 milhões de compradores neste período, o comércio virtual foi apresentado nesta quarta-feira (01) a micros, pequenos e médios empresários de Natal. Realizado pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, o evento promoveu uma série de palestras sobre o tema e dicas de como construir uma loja online e acelerar as vendas.
Segundo o secretário executivo da Câmara, Fernando Ricci, o objetivo é mostrar o que é economia virtual e serve para pessoas que querem começar a sua loja online possam aprender algo sobre isso. Também para quem tem sua loja física e querem entrar no mercado virtual, também possam obter informações e para aqueles que querem trabalhar no comércio eletrônico, que é um mercado em franco crescimento hoje e que é bastante atrativo para todos.
Ele afirmou que, para abrir sua loja virtual, é preciso conhecer três pilares essenciais que são ensinados durante o seminário, que são: infraestrutura, como registrar seu domínio, ter uma hospedagem para o seu site; operação, que é são os riscos que corremos, também parceiros e patrocinadores e meios de pagamento, porque a empresa abre sua loja, mas precisa entregar os produtos. E falamos também em marketing, sobre o que você vai fazer para vender, como usar as redes sociais a seu favor e outras táticas de relacionamento e vendas.
Fernando falou ainda que uma novidade que foi apresentada para o público em Natal foi o E-movimento, que foi criado para pequenas e médias empresas, para que depois que tiverem suas lojas virtuais, se inscreverem no site da Câmara para receber um selo para trabalhar com o comércio eletrônico. Elas assinarão um código de ética e de boas práticas e receberão esse selo, para poderem trabalharem com assessoria de grandes sites.
“Foram apresentadas todas as ferramentas necessárias para que as empresas abrissem seu próprio negócio online e também falamos sobre grandes empresas de vendas eletrônicas em atuação no Brasil, como incentivo para os micro, pequenos e médios empresários que participaram do evento. Outro método de incentivo para eles foram dados como os R$ 16 bilhões arrecadados com essas vendas e a expectativa até o final do ano, que é de R$ 35 bilhões”, afirmou.
E lembrou dos 25 milhões de consumidores que efetivaram compras online entre os meses de janeiro e junho deste ano e entre os segmentos mais procurados, estão modas e acessórios, responsável por 8% das vendas totais, seguida por eletroeletrônicos e eletrodomésticos. “Hoje, ainda não temos um perfil clássico da pessoa que compra pela internet, é preciso pesquisa, mas sabemos que eles são muitos e determinantes na economia virtual”, afirmou.
É para atrair esse público que a microempresária Lucila Melo participou do seminário hoje, no Praia Mar Hotel, em Ponta Negra. “Estou buscando informações e conhecimentos sobre o tema, para investir nesta área, que é muito interessante e pode ser uma ótima forma de ampliação de negócios. Nossa empresa tem um site, mas é apenas para divulgação dos nossos serviços, mas queremos ir além e trabalhar com o comércio eletrônico”, afirmou.
Correios preparam avanços para melhorias na logística do país
Atentos a essas mudanças, os Correios está buscando alternativas viáveis para criar uma grande estrutura com o objetivo de facilitar a vida dos empresários e consumidores do comércio eletrônico no Estado. Segundo o superintendente regional no Rio Grande do Norte, José Alberto Brito, entre as medidas estudadas, está criar um núcleo de entrada e distribuição de encomendas, assim como já acontece em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.
“Queremos transformar o RN no quarto permutante do Brasil até junho de 2015 e para isso planejamos construir armazéns para receber os produtos que chegarem ao Estado e também possibilitar a exportação de produtos da nossa terra para fora. Isso vai favorecer a todos, principalmente as micros e pequenas empresas locais, que poderão exportar até mesmo produtos perecíveis, já que estamos numa localização privilegiada do país, próximo da Europa e dos Estados Unidos, por exemplo”, afirmou.
Ele disse também que pretende transformar o Estado em um corredor de vendas, assim como já foi feito nos estados da Paraíba, Pernambuco e Alagoas. “Isso nos dá expectativas de vendas excepcionais e vai, com certeza, fazer com que o Rio Grande do Norte se torne um grande pólo exportador de produtos, incrementando a economia local. Também temos projeto de construção de armazéns internacionais em Miami e Cingapura”, explicou.
Fonte: O Jornal de Hoje (Natal/RN)