Victor Hugo compra de tudo pela web, de computadores a ingressos para show e cinema. O celular novo também foi adquirido pela internet. Foto: Allan Torres/Esp. DP/D.A Press
O comércio eletrônico brasileiro não conhece tempo ruim. De acordo com a edição 2014 relatório WebShoppers, 9,1 milhões de pessoas fizeram compras online pela primeira vez no ano passado. Atualmente, o número de consumidores virtuais no Brasil é de 51,3 milhões de pessoas. Bom para os varejistas, que têm mais um canal de vendas disponível, e para os consumidores, que ganham mais opções de compra. Mas a segurança é um fator que nunca deve ser deixado de lado na hora de comprar pela internet.
“O crescimento acelerado do mercado trouxe muitas vantagens, mas o consumidor deve sempre ficar de olho nas ofertas oferecidas e nos sites que visita”, lembra Gerson Rolim, diretor de comunicação da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net). Uma dica simples é verificar se a loja virtual possui um pequeno cadeado no lado esquerdo superior do nagevador, próximo das letras “https”. “O cadeado indica que o site está protegido contra o ataque de hackers que possam tentar roubar dados de clientes”, explica Rolim.
O vendedor Victor Hugo é um dos que seguem essa dica de Rolim. Ele fez sua primeira compra online – um laptop – há cinco anos. Desde então, não parou mais. “Hoje compro de tudo. Computadores, roupas, sapatos livros, ingressos para shows e cinema. Meu celular novo eu também comprei pela internet.” Victor Hugo prefere comprar pela web por conta da variedade de opções. “Tenho acesso a várias opções de produtos sem precisar me deslocar de loja em loja. A praticidade é maior.”
A estudante Iana Albuquerque também incluiu as compras online na rotina. “Costumo comprar mais produtos de beleza, como maquiagem”, conta a estudante. “É muito prático, consigo comprar tudo sem sair de casa. Não preciso enfrentar trânsito nem pegar filas.” Para se sentir segura, Iana compra num único site, que ela já conhece a procedência e confia.
Pesquisa
Mesmo se tratando de lojas consideradas grandes e conhecidas, é bom tomar cuidado. “O consumidor deve pesquisar o máximo de informações possíveis sobre a loja antes de efetuar a compra”, afirma Rolim. Ele recomenda que o comprador visite o site Reclame Aqui, que reúne reclamações de clientes sobre serviços e produtos comprados. O site também permite que a empresa dê uma resposta ao cliente na própria página.
Em junho, o governo federal lançou o Consumidor.gov.br, que está em fase beta e funciona de forma parecida ao Reclame Aqui. Também existem sites como Mercado Livre e Bom Negócio, que não vendem os produtos, mas servem de canal para que o comprador encontre o vendedor. Nesses serviços, a dica de Rolim é ficar atento ao ranking dos vendedores. “Quem compra pode avaliar a experiência da compra e deixar comentários. Vale a pena procurar com cuidado e ter paciência.”
E se o consumidor desistir da compra? O Código de Defesa do Consumidor garante o direito de arrependimento. “São até sete dias que o consumidor tem para se arrepender da compra, formalizar o cancelamento e fazer a devolução”, explica Rolim. O relacionamento da loja com o cliente no período de pós-venda deve ser levado em consideração, pois demonstra o compromisso da empresa com a satisfação do cliente desde a escolhe do item no site até o recebimento em casa.”
Fonte: Diário de Pernambuco